(publicada no Jornal gazeta na coluna PAPO DE NORMAL - www.gazetadigital.com.br)
É humanamente impossível passar batida pela morte de Steve Jobs e o que isso significa para o mundo.Na verdade, a minha comoção e pesar não passam pelos macbooks, iphones e ipads do mercado. Pelo menos não diretamente. Não me orgulho de ter um destes. Aliás, não sou tech geek e não costumo adquirir nenhuma tecnologia logo que chega no mercado. Nem Apple, nem nenhuma outra.Admiro Mr. Jobs de longa data. No meu perfil do Facebook, coloquei-o como inspirational person até. É humanamente impossível passar batida pela morte de Steve Jobs e o que isso significa para o mundo.Na verdade, a minha comoção e pesar não passam pelos macbooks, iphones e ipads do mercado. Pelo menos não diretamente. Não me orgulho de ter um destes. Aliás, não sou tech geek e não costumo adquirir nenhuma tecnologia logo que chega no mercado. Nem Apple nem nenhuma outra.Admiro Mr. Jobs de longa data. No meu perfil do Facebook, coloquei-o como inspirational person até. A minha história com ele passa pela minha irremediável atração pelos estudos da personalidade e da inteligência. Não, não sou psicóloga, apesar de já ter desejado ser. Sou metida e curiosa. Atendi a umas poucas palestras e debates sobre o assunto e fiz uma rápida especialização sobre como identificar pessoas de altas habilidades (leiam-se superdotados). A partir daí, identificar possíveis e/ou futuros gênios e gênios desapercebidos virou meu passatempo predileto. Identifico elementos de superdotação em pedreiro, político, segurança do prédio, faço isso pela Tv ou na Internet. Traz-me a satisfação de completar um puzzle!Portanto, nutrir admiração por Steve Jobs e torná-lo um modelo pra mim não seria algo difícil de acontecer.Minha consternação hoje é de se perder a genialidade de quem contrariou todas as regras e padrões, sem medo de errar. Foi um empreendedor nato, ateve-se ao processo das coisas que o levavam ao prazer e à realização pessoal e não à coisa pronta. Enxergou um pouco mais à frente que nós. Como ele mesmo disse, conectou os fatos do presente ao passado, e não só ao futuro. Fugiu ao padrão racional das ciências exatas e falou de amor: reconheceu a importância da mulher que ele amava em sua trajetória e declarou amor ao que fazia! Citou com humildade a metáfora do tijolo que cai em nossas cabeças e nos ensinou a ter força pra nos reerguer depois. E, sobretudo, demonstrou rara genialidade - aquela sem pretensão, aquela honesta e transparente, que se curva ao capitalismo sem perder a humanidade.Sou capaz de admirar os feitos de inteligência de um ser humano como quem passa horas admirando um dia de sol de frente para a praia.E quer saber? A cada dia e cada vez mais me torno fiel seguidora dos preceitos e poderes da Genética e da Ciência como um todo (mesmo com pedaços ainda obscuros). Pois uma mente que funcionava tão positivamente e proativamente como a do Jobs não seria capaz de produzir tal doença fatal. Com suas ideias, ideais e pensamentos, ao contrário, ele deveria ser imortal. Nem religião, nem karma, nem teorias do pensamento podem justificar sua morte - só mesmo a Ciência pode nos dar conta disso!